segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Grafiteiro aproveita muros de espaços abandonados, em Vilhena

É com criatividade e spray na mão que o grafiteiro e designer Ivaldir Zonta Junior, conhecido como Quikonuts, está transformando e colorindo alguns bairros de Vilhena (RO). 
O grafiteiro realiza seus trabalhos em murros de terrenos baldios. “Eu gosto de fazer intervenções em locais abandonados. É uma forma de demonstrar que aquele espaço pode ficar mais bonito”, afirma.
Mas nem sempre foi assim. Quando começou, Quikonuts gostava mesmo de pichar o muro da escola onde estudava. "Eu andava de skate e rabiscava os muros e paredes com meu nome, mas sempre gostei de arte então comecei a grafitar", lembra.
Quikonuts conta que quando está grafitando as pessoas param e ficam observando o trabalho dele. “A população tem interesse em conhecer o grafite, só falta incentiva para isso”.
O grafiteiro revela que constantemente o grafite é confundido com a pichação, mas que existe diferença entre os dois trabalhos. Ele destaca que a pichação também utiliza a os muros e paredes como suporte, no entanto, este privilegia a letra e não a imagem como acontece no grafite.
Quikonuts explica que quando vai grafitar procura saber quem é proprietário do local e pede permissão, em casos onde o local está abandonado ele faz o trabalho sempre pensando em qual a melhor forma para do desenho para a comunidade.
Segundo Quikonuts, há pessoas que consideram o grafite um crime. “Eu já fui detido várias vezes enquanto estava grafitando. Não tenho medo de ser preso porque sei que o que estou fazendo é uma manifestação artística, mas não gosto de perder as latas de tintas porque elas são muito caras, então isso me incomoda. Já perdi umas 300 latas de tintas que foram apreendidas pela polícia, mas quando isso acontece eu falo para os policiais que não vou parar de grafitar e peço para eles indicarem um muro abandonado para eu poder revitalizar”, afirma o grafiteiro.



Nenhum comentário:

Postar um comentário