É com criatividade e spray
na mão que o grafiteiro e designer Ivaldir Zonta Junior, conhecido como
Quikonuts, está transformando e colorindo alguns bairros de Vilhena (RO).
O
grafiteiro realiza seus trabalhos em murros de terrenos baldios. “Eu gosto de
fazer intervenções em locais abandonados. É uma forma de demonstrar que aquele
espaço pode ficar mais bonito”, afirma.
Mas nem sempre foi assim.
Quando começou, Quikonuts gostava mesmo de pichar o muro da escola onde
estudava. "Eu andava de skate e rabiscava os muros e paredes com meu nome,
mas sempre gostei de arte então comecei a grafitar", lembra.
Quikonuts conta que quando
está grafitando as pessoas param e ficam observando o trabalho dele. “A
população tem interesse em conhecer o grafite, só falta incentiva para isso”.
O grafiteiro revela que
constantemente o grafite é confundido com a pichação, mas que existe diferença
entre os dois trabalhos. Ele destaca que a pichação também utiliza a os muros e
paredes como suporte, no entanto, este privilegia a letra e não a imagem como
acontece no grafite.
Quikonuts explica que quando
vai grafitar procura saber quem é proprietário do local e pede permissão, em
casos onde o local está abandonado ele faz o trabalho sempre pensando em qual a
melhor forma para do desenho para a comunidade.
Segundo Quikonuts, há
pessoas que consideram o grafite um crime. “Eu já fui detido várias vezes
enquanto estava grafitando. Não tenho medo de ser preso porque sei que o que
estou fazendo é uma manifestação artística, mas não gosto de perder as latas de
tintas porque elas são muito caras, então isso me incomoda. Já perdi umas 300
latas de tintas que foram apreendidas pela polícia, mas quando isso acontece eu
falo para os policiais que não vou parar de grafitar e peço para eles indicarem
um muro abandonado para eu poder revitalizar”, afirma o grafiteiro.
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