sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Projeto "Reconstruindo o Quilombo" valoriza a cultura negra em Pimenteiras





Com objetivo de valorizar a cultura negra no município de Pimenteiras do Oeste, o projeto “Reconstruindo o Quilombo”, está sendo realizado pelo sob a liderança do fotógrafo Washington Kuipers.

 O projeto Reconstruindo o Quilombo é integralmente patrocinado pelo Banco da Amazônia. As ações que devem perdurar durante todo o mês de agosto incluindo a realização de palestras educativas culturais, visitas, oficina de capoeira e dança do congo, além de debates. “Esse projeto vai valorizar a cultura local e da memória da historias desses homens e mulheres, que povoam Pimenteiras do Oeste, afinal essa área é carente de eventos culturais”, disse Kuipers.

A ocupação de Pimenteiras do Oeste se originou da fuga dos escravos procedentes de Vila Bela da Santíssima Trindade do Estado de Mato Grosso. Os escravos fugindo de Vila Bela dirigiam-se para o Norte, seguindo o curso do Rio Guaporé.

A área da fazenda Santa Cruz constituiu uma expressão dessa realidade e tornou-se o germe do povoado e, hoje, município. Os moradores remanescentes da Fazenda Santa Cruz foram transferidos para o local onde hoje está localizado o sítio urbano de Pimenteiras.














HQ “A Ferrovia do Diabo – A Lendo dos Olhos de Diamante” será lançada em setembro em Vilhena


HQ “A Ferrovia do Diabo – A Lendo dos Olhos de Diamante” será lançada em setembro em Vilhena

Serão impressos 500 exemplares da HQ que será distribuída gratuitamente nas bibliotecas do município.

Um sonho de criança que se transforma em trabalho profissional. É o que acontece com a maioria das referências no mundo dos quadrinhos. Com o jornalista Flávio Godoi não foi diferente. Desde pequeno, sempre gostou de super heróis do mundo dos gibis e decidiu fazer dessa paixão uma oportunidade para retratar as lendas, histórias da Amazônia através da produção de uma revista em quadrinhos (HQ) contando a história da ferrovia Madeira Mamoré de uma visão repleta de aventuras e suspense que tem como título “A Ferrovia do Diabo – A Lendo dos Olhos de Diamante”.
Jornalista apaixonado por quadrinhos lança revista sobre a Estrada de Ferro Madeira Mamoré

Segundo Flávio, a revista tem como objetivo comemorar o centenário de construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. “Desde pequeno ouvia minha mãe e meu tio contando lendas da ferrovia. Achava muito legal e percebia que muitas pessoas não davam importância para esse acontecimento tão importante para Rondônia. Pretendo fazer uma homenagem a esta obra grandiosa finalizada no início do século passado”, explica.

Atualmente as histórias em quadrinhos são lidas por 30% dos leitores do País, segundo a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada em 2011 pelo Instituto Pró-Livro (IPL). O dado representa um aumento em relação a 2007, quando eram 22%. As HQs ficam à frente até mesmo de textos escolares, de internet e de livros digitais, abaixo apenas de revistas, livros, jornais e livros didáticos em número de leitores. Os números refletem a penetração desse tipo de história em públicos de diversas faixas etárias e sustentam os argumentos de quem defende sua utilização em outros ambientes, como a escola.  Pensando nesse fato Flávio criou a HQ voltada para o público adolescente, para aliar assim conhecimento e diversão para garotada vilhenense.

O projeto está sendo patrocinado integralmente pelo Edital de Patrocínio Banco da Amazônia 2012, na categoria de cultura voltado para projetos de literatura priorizados projetos com temáticas da cultura dos estados da Amazônia Legal que não têm encontrado espaço de inserção nas diversas formas de distribuição e comercialização. “A revista vai  incentivar à leitura e também a formação de novos leitores valorizando a cultura amazônica’, explica Flavio.  

Essa não é a primeira vez que Flávio foi contemplado pelo edital de patrocínio do Banco da Amazônia, no ano passado ele também foi contemplado, mas na categoria ambiental, onde realizou o projeto “Educação Ambiental, para um futuro melhor”, que foi uma campanha cidadã que atuou com diversas ações de comunicação comunitária junto às famílias residentes às margens do Rio Pires de Sá localizado em Vilhena. O projeto teve como objetivo desenvolver ações preventivas e educativas e culturais em saúde ambiental, proporcionando informações sanitárias, visando à qualidade de vida das famílias e a diminuição dos impactos ambientais. Flávio conta que dentre as ações do projeto foram realizadas visitas domiciliares para entrega de folders e panfletos e cartilhas educativas, além de palestras.

Flávio revela que a ideia de contar um pouco da história da Madeira Mamoré na forma de historia em quadrinhos era algo que já almejava há anos. “Há mais ou menos três anos pensei no roteiro da história pela primeira vez e queria publicá-la de alguma forma. O modelo HQ foi escolhido por mim por ser algo que gosto e que nunca foi feito na região”, disse.

A Paixão de Flávio por HQ é tão grande que em seu trabalho de conclusão do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), que ele apresentou no final do ano passado e foi aprovado, ele pesquisou como as histórias em quadrinhos dos X-Men usam de elementos ficcionais para retratar o problema real dos grupos minoritários que sofrem algum tipo de preconceito, a monografia tem como título “Gene X: uma análise semiótica das histórias em quadrinhos dos X-Men” é está disponível no Campus de Vilhena da UNIR para consulta.

Sobre a trama da HQ Flávio, conta que ela envolve elementos ficcionais baseados nas lendas que povoam o imaginário dos rondonienses além da participação de personagens reais da construção da ferrovia. “Busquei dar vida às lendas que ouvia quando criança sobre os fantasmas dos trilhos, a maldição da ferrovia entre outras. O objetivo é que esta geração saiba qual foi importância da Madeira Mamoré para o desenvolvimento do nosso Estado”, alegou. A história dá conta de que cada dormente da estrada de ferro representa um trabalhador morto em sua difícil construção. Pela complexidade do empreendimento e contratempos enfrentados em sua conclusão, a obra recebeu o apelido de “Ferrovia do Diabo”.  Na trama, o personagem Percival Farquhar, que existiu na vida real, vive o vilão que utiliza a ferrovia como obra para conseguir um exército imortal capaz de dominar o mundo. Para evitar que os planos de Farquhar se concretizem, o jovem Matheus Rumar, personagem criado por Godoi, vive o protagonista que é enviado do futuro, mais especificamente do ano 2179, para uma missão na Amazônia, em 1911. Na floresta, Matheus conhece o caçador de tesouros Vicente Camargo que está à procura dos “Olhos de Diamante”. Juntos, enfrentam os perigos da selva, como índios canibais, animais ferozes, seres sobrenaturais e a fúria do poderoso Percival Farquhar. Muita ação e mistério devem permear as páginas da revista.

Segundo Flávio, a HQ será uma graphic novel, modelo que possui edição única. Ao todo serão impressos 500 exemplares da HQ que terá 56 páginas coloridas, a primeira revista vilhenense de quadrinhos produzida e publicada profissionalmente. Ela será distribuída gratuitamente nas bibliotecas do município.

Produção da revista


Todos os desenhos já foram feitos pela equipe contratada pelo jornalista. Sobre a equipe Flávio contou que convidou profissionais competentes para por em pratica esse audacioso projeto. O roteiro contou com colaboração da jornalista Andréia Machado que é conhecida na cidade por realizar diversos projetos culturais.  Os desenhos nasceram dos traços de Roberta Godoi, já as artes e cartazes ficam por conta do designer-gráfico e fotografo Washington Kuipers.  A revista foi toda desenhada a lápis em estilo realista, até setembro, deverão ser coloridos digitalmente pelo designer-gráfico Fernando Perazzoli.

Sobe o comando de Flávio que é o autor do roteiro, diretor do projeto, essa equipe está preparando os últimos detalhes para o lançamento da obra que deve acontecer em setembro. “O lançamento está previsto para setembro onde na oportunidade será ofertado um coquetel para a imprensa e convidados”, finalizou Flávio.




 Por: Andréia Machado 


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Associação cultural funda clube de fotografia em Vilhena



       O Coletivo Cultural Ekatu, grupo de agentes culturais da cidade formado há poucos meses, começa com todo gás as atividades em 2012. Na próxima quarta-feira 4, fotógrafos amadores e profissionais se reunirão na praça Nossa Senhora Aparecida, às 18h30, em frente à biblioteca municipal, para realizar a reunião de fundação do Clube de Fotografia Ekatu, o primeiro do município.
Todos os interessados em fotografia são convidados a participar do clube que, entre passeios fotográficos, exposições, reuniões de estudo e concursos, pretende incentivar a produção artística e autoral de fotografia em Vilhena.
A iniciativa tomou forma após conversas entre fotógrafos da cidade e os bons resultados do I Passeio Fotográfico Ekatu, feito em novembro. De acordo com o jornalista, fotógrafo amador e organizador do clube, Herbert Weil, a ideia já conta com mais de 30 interessados.
“Estamos reunindo todos os que gostam de fotografia para podermos formar um grupo bem heterogêneo, composto por profissionais e amadores. Afinal, a proposta é desenvolver a fotografia na cidade de uma forma descontraída valorizando os talentos que temos aqui”, garante.
Estão previstos passeios fotográficos, exposições e concursos mensais de fotografia. Materiais, apostilas e cursos de fotografia também serão distribuídos aos sócios. A reunião de fundação, nesta quarta-feira tem por objetivo definir a diretoria do clube, aspectos de funcionamento e registrar os sócios fundadores.
“É importante que todos estejam presentes, pois vamos, basicamente, decidir como o clube vai funcionar. Além disso, vamos listar os presentes e, juntamente com os documentos necessários, enviar correspondência para a Confederação Brasileira de Fotografia para nos filiarmos a ela”, explica Herbert, ao afirmar que também já ter conseguido parcerias com outros clubes de fotografia do país para que fotógrafos profissionais possam dar direcionamento individual aos membros do Ekatu.
Também está sendo desenvolvido um site onde cada fotógrafo poderá manter uma galeria própria e falar a respeito de seu trabalho. Um dos intuitos da divulgação das fotos, seja nas exposições ou no meio virtual, é criar as condições para que seja feito um agenciamento do membros do clube, viabilizando formas de renda através da fotografia para os sócios.
Mais informações:
(69) 8484 5731
www.coletivoekatu.wordpress.com/clube-de-fotografia-ekatu


TEXTO
Assessoria Coletivo CulturalEkatu
FOTO
Herbert Weil