A abertura da exposição de
fotografias do projeto “(Re)Conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e
influências negras na floresta” , de Marcela Bonfim, acontece neste sábado, 21
de maio, às 20h33, no espaço Cujuba do poeta Dom Lauro. Marcela selecionou 33
fotografias que foram impressas de forma inusitada em bases de madeira onde
retrata suas andanças por Porto Velho, quilombos do vale do Guaporé, a
identidade dos descendentes de africanos, que também contribuíram para o
desenvolvimento de Rondônia, desde o ano de 1750 - com a exploração do ouro e a
construção do Forte Príncipe da Beira até hoje, em suas fotos é possível
observar também uma nova leva de migrantes negros desta vez, haitianos, passou
a fazer parte da população rondoniense.
A exposição é feita em
parceria com o Sesc de Rondônia e ficará à disposição do público até o dia 20
de junho, no Cujuba – um espaço cultural com a cara de Porto Velho que abre
suas portas pela primeira vez para mostrar fotografias inéditas e outras já
publicadas de Marcela Bonfim, com intervenção do poeta Dom Lauro e do artista
plástico Hely Chateaubriand. A mostra será montada pela artista plástica Margot
Paiva e a arquiteta Regina Morão. Os 50 primeiros participantes receberão um
catálogo da exposição.
A exposição será aberta com
o vídeo experimental do projeto editado pela também fotografa Michele Saraiva,
com a intervenção do poeta Dom Lauro e do artista plástico Hely
Chateaubriand. Dando sequência na
programação a apresentação da Banda Três de Nós, Bateria da Escola de Samba
Asfaltão, Banda True Lapin e discotecagem de Leonardo Felizardo.
Marcela Bonfim é paulista de
Jaú e descobriu em Rondônia uma Amazônia negra, além da indígena que ela já
esperava encontrar em Porto Velho, onde passou a morar a partir de 2013. “O
projeto (Re)Conhecendo a Amazônia Negra propõe
uma reflexão das artes visuais,
no campo da antropologia visual, sobre a constituição e memória da população
negra brasileira na região amazônica”, explica a fotógrafa.
Economista e ativista
cultural pelas causas dos negros, povos tradicionais, populações de rua e
presidiários, Marcela faz da máquina fotográfica um instrumento de militância
pelo reconhecimento do papel dos africanos na formação da Amazônia e na defesa
da sua autoestima, com o olhar de quem se reconhece no foco da câmara. “A motivação deste trabalho, explica, se deu
principalmente a partir da minha busca pelo reconhecimento pessoal e de
entender-me enquanto mulher negra num país racista, onde os espaços são
sutilmente fragmentados entre negros, pardos e brancos. Todos vivendo em
espaços delimitados e realizando funções específicas. Só que os primeiros à
margem da sociedade e da história oficial” fala a fotografa.
Serviço
Exposição fotográfica
“(Re)conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na
floresta”. Fotografias inéditas e outras já publicadas de Marcela Bonfim
Abertura: 21 de maio, às
20h33
Período de visitação: Nos
meses de maio, junho e julho em horário comercial
Local: Espaço Cujuba, na rua
Prudente de Moraes, 2449, nas proximidades do cemitério dos Inocentes