segunda-feira, 25 de maio de 2015

Talento na ponta do lápis

Apaixonado pela arte, jovem vilhenense destaca-se ao criar desenhos surrealistas.  Vitor Gomes produz gravuras e grafites que chama atenção pelas cores a criatividade dos desenhos. 

O jovem artista plástico Vitor Gomes, de 20 anos, dá um show de criatividade e riqueza de detalhes em seus desenhos. Ele mostra todo seu talento na ponta do lápis ao criar imagens coloridas, ilustrativas e muito estilosas, que realmente chamam a atenção e provocam reflexão. 
Com um talento nato, pois desenha desde criança anos, Vitor tornou-se um autodidata. Na escola sempre se destacava nas aulas de arte dos demais colegas. Mesmo sem experiência ou cursos profissionalizantes, os desenhos de Vitor impressionam pelas cores e detalhes.
"Para mim nunca houve dificuldade alguma em reproduzir ou criar algum desenho nas aulas de arte. É fácil desenhar e qualquer pessoa pode aprender com um pouco de prática. Com um lápis eu consigo me expressar melhor”, disse ele.
À medida que Vitor crescia, o amor pela arte e a vontade de seguir este caminho faziam com que o jovem se dedicasse cada vez mais a arte e também que ficasse mais conhecido.  “As pessoas viam os meus desenhos e elogiavam e através desse incentivo dos amigos e da família foi que eu decidi me dedicar mais a produção de desenho”, falou Vitor. 
Para desenhar, o jovem conta que gosta de soltar a imaginação e sempre ousar com desenhos coloridos com canetas posca, tintas nanquim e pincel. “O que mais gosto no meu trabalho são as cores que tenho usado, e onde ele está me levando, a conhecer novas pessoas, trocar ideias, aprender mais e mais”, fala Vitor.

Influências nos desenhos 

Apaixonado por histórias em quadrinhos desde a sua infância, Vitor é completamente viciado pelos desenhos dos X-Men da editora americana Marvel Comics. Sendo que seu personagem predileto do grupo de heróis é o mutante Remy LeBeau conhecido como Gambit, no qual Vitor passava horas da infância recriando o desenho. 
“Sou viciado em desenhos em quadrinhos, os da Marvel são meus favoritos, pois os desenhistas fazem um trabalho incrível. Quando era menor eu desenhava muito o Gambit, os traços e as cores dele me atraem bastante, mas também gosto de Wolverine”, revelou.
Mas entre as suas influências também estão artistas de outros estilos como os membros do Coletivo Bicicleta Sem Freio, Studio Cabron, e também Sergio Navajas, Broken FIngaz. “Eles me inspiram com seus trabalhos criativos e coloridos”, diz Vitor. 

Gravuras e grafite 

O jovem artista revela que gosta de desenhar tanto em gravuras como nas paredes através da técnica de grafite. “Nas gravuras utilizo folhas A3 para criar desenhos com vários temas, todos nos estilo surrealista”, explica.
Já sobre os grafites Vitor conta que é mais difícil, pois nem todas as pessoas entendem a proposta do grafite como arte, e acabam confundido com vandalismo. “Antes de fazer o desenho sempre peço permissão, mas nem todos entendem. Já aconteceu casos onde eu estava desenhando e com a permissão do proprietário e a polícia parar e perguntar o que eu estava fazendo. Ainda existe muito preconceito contra o grafite infelizmente”, lamenta Vitor.
Apesar do preconceito contra o grafite Vitor não deixa de desenhar e quando encontra uma parede disponível expressa toda a sua criatividade através dos desenhos, até mesmo em paredes improvisadas como a porta do seu quarto onde está criando um verdadeiro mural artístico. “A cada dia que tenho uma idéia nova venho aqui e faço um desenho novo”, fala sorrindo.

Planos para o futuro 

Com ajuda da família, Vitor luta para seguir carreira e um dia ser reconhecido no país e também fora dele. O jovem conta que pretende cursar Design Gráfico em Cuiabá, e depois fazer uma pós-graduação em Artes Visuais em Goiânia.  “Quero ir estudar, mas sempre vou voltar para Vilhena, pois aqui tenho minha família”, disse Vitor.
Atualmente ele cria vários desenhos que vende em sua página no Facebook “DeadUnlike”, por preços promocionais de R$30,00 cada um.  “A página foi uma forma que encontrei de divulgar e também comercializar meus desenhos. Lá eu posto as coisas que estou produzindo, e as pessoas entram e comentam e fazem encomendas também, é muito legal, pois daí posso ter um contato direto com o público”, explica Vitor que conta que vários de seus desenhos já estão nas paredes de vários locais em Vilhena. 
Sobre os desenhos por encomenda Vitor explica que as pessoas podem escolher o tema ou algo que gostem que ele produz.  “Eu faço ao gosto da pessoa, só que sem fugir do meu estilo”, informou o artista.
Vitor não tem dúvidas de que deseja seguir profissionalmente no ramo da arte, agora o jovem se prepara para correr atrás de seus sonhos. “Quero poder expressão tudo o que sinto, e penso através de meus desenhos contribuindo assim para que o mundo fique mais colorido e mostrar para as pessoas que arte é uma coisa maneira, e que precisa ser valorizada”, finaliza o jovem artista.

Grupo realiza oficina de teatro gestual em Vilhena


Utilizar apenas o gestual para contar histórias e despertar emoções provocando a reflexão para temas da realidade contemporânea. Essa é a proposta do grupo de teatro vilhenense Wankabuki, ao oferecer uma oficina de teatro gestual, onde a linguagem corporal é o principal instrumento expressivo dos atores.
Segundo a fundadora e diretora do grupo de teatro, Valdete Sousa, cerca de 22 alunos participaram da oficina de férias que foi realizada gratuitamente entre os dias 7 a 10 de janeiro no campus da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir), campus de Vilhena.
De acordo com Valdete, a oficina teve a duração de 15 horas e foi realizada com o objetivo de formar novos atores e aprimorar os conhecimentos dos membros do grupo. “Sempre temos a esperança que durante as aulas da oficina surjam novos talento”, disse ela.
Valdete explicou que o grupo realiza uma oficina de capacitação teatral por ano, geralmente em janeiro por causa das férias escolares, já que o grupo de teatro executa durante os outros meses do ano o projeto "Mais Cultura" na Escola Estadual Álvares de Azevedo. De acordo com Valdete, a oficina foi realizada com o apoio do Ponto de Cultura Cone Sul Plural.
A diretora do grupo teatral informou que desde a fundação do grupo já fora realizadas várias oficinas, e mais de 100 pessoas já foram formadas nestas oficinas, que a cada ano ganha um novo tema. “Há 12 anos que estamos trabalhando com teatro em Vilhena, então muitas pessoas já passaram pelo grupo, umas entraram outras saíram, assim as oficinas servem para renovar e também para incentivar os membros do grupo a continuarem aprendendo e aprimorando os talentos”, explica Valdete que ministrou a oficina de férias.
Para este ano Valdete explicou que a oficina foi focada no teatro gestual que integra a linguagem corporal com a técnica interpretativa, onde o corpo é o instrumento expressivo fundamental.
Segundo Valdete, a modalidade de teatro gestual trabalha com a manifestação da alma, da verdade, das emoções. “O teatro gestual faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de gestos. É a arte de narrar com o corpo”, explicou Valdete que informou que durante as aulas da oficina os alunos participaram de vários exercícios corporais para terem a consciência do próprio corpo e também dos movimentos.
A participação na oficina foi o primeiro contato com o mundo teatral da zootecnista Giane Aguiar, de 28 anos. Ela conta que os exercícios que aprendeu durante as aulas foram importantes para que ela pudesse se expressar melhor em sua profissão e também no dia a dia.
O corretor de imóveis e membro do grupo de teatro há três anos, Elieldo Paes, de 25 anos, disse que a participação nas oficinas de teatro o ajuda a vencer a timidez. “Eu sou bem tímido então o teatro ajuda muito em vários aspectos. Essa oficina trabalha com o corpo, no dia a dia vai esta me ajudando a conhecer melhor o meu corpo, os limites em relação ao que eu poço ou não fazer com meu próprio corpo. Assim nos exercícios da oficina trabalhamos partes do corpo que geralmente nem lembramos que existem”, fala Elieldo.
Para o estudante universitário de Maycon Moura, 20, a participação na oficina contribuiu para que ele vencesse o medo de se apresentar em público. “Aos poucos estou perdendo a timidez e consigo me expressar melhor", revelou Maycon.
Já a estudante Joicy Vakiuti, de 17 anos, disse que a coisa mais valiosa que aprendeu durante as oficinas foi trabalhar em grupo. “Aprendi a trabalhar em equipe, além de poder trabalhar todas as técnicas que envolvem meu corpo”, ressaltou a estudante.
Segundo Valdete, o resultado da oficina foi surpreendente. Ela informou que os alunos realizaram duas apresentações com amostra de teatro urbano na rodoviária municipal e também Park Shopping Vilhena para finalizar a oficina.
Durante a apresentação de cerca de 5 minutos, os participantes da oficina mostraram para o público o que aprenderam durante as aulas. Com figurino simples e sem palavras conseguiram emocionar o público que acompanhou a apresentação com atenção.
“Os alunos fizeram apresentações empolgantes, que emocionou e provocou a reflexão do público sobre questões atuais como a violência e a cobertura que a imprensa faz destes fatos. Além disso, também retratamos o massacre na revista 'Charlie Hebdo' na apresentação”, disse Valdete.
Segundo a professora de teatro, os alunos conseguiram assimilar o conceito das aulas. “A intenção no teatro gestual é justamente valorizar as expressões do corpo e explorar toda teatralidade em busca de fortes emoções para o público. Os participantes da oficina de férias estão de parabéns”, falou Valdete.
Para 2015 o grupo teatral planeja realizar a apresentação de uma peça que já estão ensaiando há cerca de um ano. Além disso, também vão continuar realizando performances urbanas. “Somo apaixonados por teatro e nos apresentamos nas ruas, praças, feiras, escolas e universidades, enfim onde temos a oportunidade de levar a emoção da artes cênicas para o público, e vamos continuar fazendo esse trabalho de forma voluntaria. As portas do grupo estão abertas para quem quiser participar”, finalizou Valdete.





Mecânico vilhenense faz artesanato com pneus

É com criatividade e habilidade que o jovem artesão Rosildo de Souza Aires, de 23 anos, transforma pneus velhos que iriam para o lixo, em Vilhena, em objetos de decoração como jogos de mesa, cisnes e xicaras.
“Fazer arte com pneus não é uma tarefa fácil, mas é com grande satisfação que faço para deixar os locais mais bonitos e com isso ainda a ajudar a preservar o meio ambiente”, afirma Rosildo.
A ideia de produzir artesanato começou de maneira despretensiosa, e o artesão aprendeu sozinho a trabalhar com pneus. O jovem que até pouco tempo trabalhava como mecânico especializado em alinhamento e balanceamento de pneus disse que começou a fazer os artesanatos há cerca de quatro meses por indicação de sua esposa Ionara Pusch.
“Ela viu na internet alguns artesanatos feitos com pneus e me incentivou a fazer, dai comecei a praticar e logo estava e criando vários objetos”, contou Rosildo.
Segundo o artesão, as primeiras peças com pneus foram produzidas apenas para sua casa, mas com o tempo sua esposa começou a divulgar o trabalho na página do Facebook “Arte com pneus em Rondônia”, que logo começaram a ser reconhecidos e elogiados. Os pedidos começaram a ser feitos e ele começa a ter lucros. “Recebi pedidos de jogos de cadeiras de vários municípios de Rondônia e até do Mato Grosso”, falou Rosildo.
O sucesso na produção dos artesanatos deu tão certo que ele largou a profissão de mecânico e agora se dedica integralmente a produção dos jogos de cadeiras, objetos de decoração e brinquedos feitos com pneus. Rosildo disse que as encomendas têm aumentado a cada dia e agora ele já conta com ajuda do cunhado Danilo Quintino da Siva de, 26, anos.

Confecção dos produtos 

A matéria prima para o trabalho de Rosildo é recolhida nas borracharias e também pelas ruas de Vilhena. "É importante tirar esse material da rua e dar um novo destino a ele, por isso eu ando pela cidade e recolho os pneus que encontro jogado nas ruas”, informa o artesão.

O que ia para o lixo vira arte nas mãos habilidosas de Rosildo. O trabalho do artesão ajuda o meio ambiente e elimina criadouros do mosquito da dengue. O artesão sente orgulhoso em poder contribuir com a preservação do meio ambiente. “Trabalhar com esse material é importante, pego um pneu que não será mais usado, que só serve de entulho e dou uma nova vida a ele. É bom para mim e para o meio ambiente”, afirma Rosildo.
 A arte da reciclagem é desenvolvida com técnicas que utilizam furadeiras, estiletes, tintas e muita força, pois Rosildo produz tudo manualmente. Ele explica que cria as peças de acordo com a criatividade.  “Com vontade e criatividade podemos deixar nosso jardim super colorido e divertido. Faço vasos em forma de pássaros, xicaras, além de cadeiras”, conta Rosildo.
Apesar de considerar prazerosa a produção de artesanato, Rosildo conta que o trabalho é duro e exige dedicação. De acordo com Rosildo, em média ele leva uma semana para produzir um jogo de cadeira que é comercializado por cerca de R$750,00.
Rosildo informou que produz os jogos de cadeiras em várias cores. “Os jogos de cadeira da cor preta são mais baratos pois é mais fácil de pintar, já os das cores amarelas, vermelhas e verdes são mais caro pois dão mais trabalho para pinta”’, explica Rosildo.

Planos de expansão dos negócios

Trabalhando no quintal de sua residência no bairro Jardim Primavera Rosildo sonha com a oportunidade de poder expandir os negócios e conseguir uma cede própria para montar sua empresa. “Se os pedidos continuarem aumentado logo vou ter que começar ampliar os negócios”, falou Rosildo que se orgulha do seu trabalho.
O artesão disse que espera que seu trabalho sirva de exemplo para que as pessoas possam se preocupar mais com a destinação correta dos pneus. "O pneu é um material que está disponível para todos utilizarem e porque ele deve ser um problema se ele pode ser a solução? Eu vejo uma oportunidade muito grande de poder trabalhar o pneu nesta parte artesanal, além de ajudar na limpeza do meio ambiente", conclui Rosildo.



Serpentário Produções incentiva Movimento Hip Hop em Rondônia

O grupo informal Serpentário Produções tem incentivado o Movimento Hip Hop em Rondônia desde 2012 quando foi oferecido no município de Pimenteiras do Oeste, cidade fundada por remanescentes do quilombo Quariterê, oficinas de danças e de capoeira para valorizar a cultura negra.

Cerca de 150 alunos da escola pública Inácio de Castro, participaram gratuitamente das oficinas  de break (dança de rua), rap, dança do congo, além de palestras educativas culturais, visitas e debates.

Já em 2013 foi oferecido em três escolas públicas localizadas em bairros periféricos de Vilhena, três oficinas de grafite, oficinas de capoeira, dança do Maculelê. O projeto atendeu mil alunos com as oficinas de arte gratuitas.

 A iniciativa é focada na transmissão de conhecimento através da realização das oficinas culturais. As oficinas de RAP tem como finalidade fazer com que os alunos se interessem pela música, leitura e literatura, trabalhando a partir de temas transversais relacionados a sociedade em que o mesmo se encontra.

As oficinas de break (dança de rua) tem como finalidade o entretenimento, fazer com que o jovem se sinta capaz e saudável, pois este tipo de dança exige muito dos jovens. As oficinas de grafite tem como objetivo fazer com que o jovem descubra seus dons através da “arte urbana” se encontrar fazer arte sem vandalismo e proporcionar uma cultura de paz, embelezando os muros, faixadas e praças, além de se profissionalizar neste mercado.

As oficinas abrangem o conhecimento sobre arte, fazendo com que os alunos, transformem seu ambiente num lugar criativo e interessante, através do trabalho com várias formas de expressões artísticas, bem como o debate da questão do coletivo/individual.

"Assim estamos oferecendo oficinas e também formando púbico e novos profissionais do Hip Hop em Rondônia, valorizando essa arte no estado", disse uma das organizadoras do grupo, Andréia Machado.
































Festa do Divino atrai fiéis em Pimenteiras

A cidade de Pimenteiras do Oeste recebeu centenas de fiéis que estão participando da tradicional festa do Divino Espírito Santo.
A festa começou no último domingo de Páscoa, dia 5, com o “Batelão do Divino” largando da localidade de Porto Rolim (Rolim de Moura do Guaporé) no Rio Mequéns, rumo à cidade de Pimenteiras D’Oeste.
Com 121 anos de comemoração, a festa foi comemorada com procissão e missas no calendário da programação religiosa que encerrou no domingo, 24.
A Festa do Divino Espírito Santo no Rio Guaporé é o segundo festejo religioso mais antigo da Amazônia, superado apenas pelo Círio de Nazaré, em Belém do Pará. Ao contrário de similares que acontecem em vários estados brasileiros, no Guaporé não existe cavalhada ou luta entre “mouros” e “cristãos”, sendo o deslocamento feito todo por via fluvial.